terça-feira, 30 de junho de 2009

MUNDO ESTRANHO...

Essa eu nao podia deixar passar...

Por Regis Tadeu

“É claro que o mundo inteiro está chocado com a morte de Michael Jackson.Mas é preciso ter um pouco de coragem para escrever o óbvio: todos choram pelo "antigo" popstar, que gravou discos excepcionais, e não pela patética figura em que ele se transformou.

Vamos lá, faça uma autocrítica e não esconda sequer uma ponta de morbidez: quantas vezes você não se pegou ridicularizando a figura do cara, suas esquisitices, seu gosto pelo bizarro, seu "nariz de massinha", sua brancura artificial e o diabo a quatro?

A maioria dos admiradores - e não os fãs patéticos, que agora estão se desmanchando em choros convulsivos, que não foram trabalhar porque estão deprimidos com a morte de seu ídolo - sabe que a importância de Jackson parao show business não pode sequer ser colocada em um patamar conhecido deste planeta. A maneira como ele revolucionou a indústria dos videoclipes, por exemplo, permitindo que diretores levassem suas ousadias a extremos em termos de efeitos especiais que só foram utilizados pelo cinema alguns anos depois é mais do que digna de aplausos. Isso sem contar a qualidade que ele apresentou em alguns de seus discos, como Off the Wall, o melhor de todos -não, Thriller foi o seu trabalho mais famoso, mas não o melhor em termos musicais.

Mas para quem lida com música de uma maneira séria e racional, a pergunta neste exato momento é: por que ele não foi talentoso o suficiente para apagar o fracasso de seus últimos discos, principalmente do horrível e pretensioso Invencible? Por que ele não fez como todo mundo que se presta a construir uma carreira musical sólida em termos de qualidade até os dias de hoje, como fazem Paul McCartney, David Bowie e Bruce Springsteen?

A resposta é muito simples: porque faltou a Jackson aquela centelha da genialidade musical que o acompanhou desde os tempos de Jackson 5 até o lançamento de Thriller, a mesma centelha que foi capengando e diminuindo gradativamente até o punhado de canções razoáveis que ele reuniu no irregular Dangerous. A partir de um determinado momento de sua conturbada vida, a música perdeu a importância. Jackson acreditou que seria eternamente adorado independente do que fizesse. E isso é uma sentença de morte -artística e até mesmo pessoal - para quem viveu a música com tamanha intensidade.

Como não conseguia mais apresentar algum traço de criatividade, Jackson recorreu a factóides estapafúrdios, como a "agenda dos 50 shows" em Londres- chego a dar risadas quando encontro com alguém que realmente acreditou que ele faria tal pataquada -, mas isso pouco importa agora.

Michael Jackson está morto. Fisicamente. Porque, em termos artísticos, nos últimos quinze anos ele foi apenas um zumbi do qual todo mundo ria e tirava sarro. E são essas pessoas que hoje se mostram comovidas com o seu falecimento.

Mundo estranho este, não? Pense nisso...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CURSO SUPERIOR: AINDA É UM BOM NEGÓCIO?

A resposta, que a alguns anos era bem automática, de uns tempos pra cá vem se tornando um tanto quanto duvidosa. Fazer curso superior pra quê ?

É importante o curso superior sem dúvida, uma vez que quanto mais qualificado for o candidato a uma vaga de emprego maiores serão as possibilidades de que este candidato fique com esta vaga. Além disso, o curso superior amplia seus conhecimentos, oferece a quem o faz uma nova gama de informações que podem vir a ser úteis no futuro. Porém o que mais assusta é o nível ao qual chegou essa sede por informações. A fonte está cheia, mas a sede do povo acabou. E Acabou por que ?

Porque com o advento dos milhares de concursos públicos que aparecem a cada instante, tendo apenas o nível médio como pré-requisito, e com salários cada vez mais agradáveis, torna o curso superior algo muito distante do sucesso e os cursinhos pré-vestibular estão se tornando cursinhos preparatórios para concursos públicos. A procura é muito maior.

Mas vamos colocar numa balança e pesar. De um lado os concursos de nível médio com milhares de oportunidades para se ganhar dinheiro de forma "fácil" e "satisfatória". Do outro, os cursos de nível superior que preparam não só para os concursos também, é claro, mas para toda uma vida., só que de forma lenta e gradativa.

Na dúvida, eu ainda prefiro a segunda opção. E já estou pensando em fazer minha segunda universidade, agora de jornalismo. É, cada empregado tem o nível que merece. E vice-versa.